quinta-feira, 29 de maio de 2008
"Já perdoei erros quase imperdoáveis, tentei substituir pessoas insubstituíveis e esquecer pessoas inesquecíveis. Já fiz coisas por impulso, já me decepcionei com pessoas quando nunca pensei me decepcionar, mas também decepcionei alguém. Já abracei pra proteger, já dei risada quando não podia, fiz amigos eternos, amei e fui amado, mas também já fui rejeitado, fui amado e não amei. Já gritei e pulei de tanta felicidade, já vivi de amor e fiz juras eternas, "quebrei a cara" muitas vezes! Já chorei ouvindo música e vendo fotos, já liguei só pra escutar uma voz, me apaixonei por um sorriso, já pensei que fosse morrer de tanta saudade e tive medo de perder alguém especial (e acabei perdendo)! Mas vivi! E ainda vivo! Não passo pela vida... e você também não deveria passar. Viva!!! Bom mesmo é ir a luta com determinação, abraçar a vida e viver com paixão, perder com classe e vencer com ousadia, porque o mundo pertence a quem se atreve e a vida é MUITO para ser insignificante".
quarta-feira, 21 de maio de 2008
Gato Feio
Ultimamente tenho me decepcionado tanto com a frieza dos seres humanos, que ao deparar-me com um texto sobre um animal que nos dá um lição de amor ao próximo fico pasma!!!!
Será que realmente a raça humana necessitará de lições do reino animal para recordar dos reais valores da vida e do que realmente importa para nós????
A história de feio é genuínamente bela, delicada... doce!!!!!!! Um história para marcar qualquer um...:
"Todos no prédio de apartamentos onde eu morava sabiam quem era o Feio.Feio era o gato vira-lata do bairro.Feio adorava três coisas neste mundo: brigas, comer lixo e, digamos, amor.A combinação destas três coisas adicionada à uma vida nas ruas tinham causado danos em Feio.Para começar, ele só tinha um olho, e no lugar onde deveria estar o outro olho, havia um buraco fundo. Ele também havia perdido a orelha do mesmo lado, e seu pé esquerdo parecia ter sido quebrado gravemente no passado, o osso curvara num ângulo estranho, fazendo com que ele sempre parecesse estar virando a esquina. Feio havia perdido a cauda há muito tempo e restava apenas um toco grosso de cauda, que ele sempre girava e torcia.Todos que viam Feio tinham a mesma reação:- “Mas que gato feio!!”As crianças eram alertadas para não tocarem nele.Os adultos atiravam pedras nele, jogavam-lhe água com a mangueira para espantá-lo, enxotavam-no quando ele tentava entrar em suas casas, ou prensavam suas patas na porta quando ele insistia em entrar.Feio sempre tinha a mesma reação.Se você jogasse água nele com a mangueira, ele não saía do lugar, ficava ali sendo ensopado até que você desistisse.Se você atirasse coisas nele, ele enroscava seu corpinho magricela aos seus pés, pedindo perdão.Sempre que via crianças, ele surgia correndo, miando desesperadamente e esfregando a cabeça em todas as mãos, implorando por amor.Quando eu o apanhava no colo, ele imediatamente começava a sugar minha blusa, orelhas, ou o que encontrasse pela frente.Um dia, Feio quis dividir seu amor com os cachorros “huskies” do vizinho.Eles não eram amistosos e Feio foi ferido gravemente.Do meu apartamento, eu ouvi seus gritos e corri para tentar ajudá-lo.Na hora em que cheguei onde ele estava caído, parecia que a triste vida de Feio estava se esvaindo...Feio estava caído em uma poça, suas pernas traseiras e suas costas estavam totalmente disformes, um corte fundo na listra branca de seu pêlo atravessava seu peito.Quando eu o apanhei e tentei levá-lo para casa, ele fungava e engasgava, podia senti-lo lutando para respirar.“Acho que o estou machucando muito”, eu pensei.Então, eu senti a sensação familiar de Feio chupando minha orelha, em meio à tamanha dor, sofrendo e obviamente morrendo,Feio estava tentando sugar minha orelha.Eu o puxei para perto de mim e ele esfregou a cabeça na palma da minha mão,olhou-me com seu único olho dourado e começou a ronronar.Mesmo sentindo tanta dor, aquele gatinho feio, cheio de cicatrizes de suas batalhas, estava pedindo um pouco de carinho, talvez alguma comiseração.Naquele instante, achava que Feio era o gato mais lindo e adorável que eu já tinha visto.Em nenhum momento, ele tentou me arranhar ou morder, nem mesmo tentou fugir de mim, ou rebelou-se de alguma maneira.Feio apenas olhava para mim, confiando completamente que eu aliviaria sua dor.Feio morreu em meus braços antes que eu entrasse em meu apartamento.Eu me sentei e fiquei abraçada com ele por muito tempo, pensando sobre como este gato vira-lata deformado e coberto de cicatrizes havia mudado minha opinião sobre o que significava a genuína pureza de espírito e sobre como amar incondicionalmente.Feio me ensinara mais sobre doação e compaixão do que qualquer ser humano. E eu sempre lhe serei grata por isto.Chegara a hora de eu seguir em frente e aprender a amar verdadeira e incondicionalmente.Chegara a hora de dar meu amor para aqueles que me eram caros, mesmo que meus olhos nunca tivessem visto nenhum deles..As pessoas acham mais fácil e mais prazeroso amar o belo, o perfeito, sem notarem que os feios, os tortos, os mancos, enfim os deformados sejam de corpos, mentes ou almas também podem e merecem ser amados. Se vocês pudessem avaliar ou sentir como é quente e gostoso o abraço de alguém feio e antipático, de alguém deformado e que foge às regras e padrões de beleza...Se vocês se permitissem essa sensação, talvez entenderiam e veriam os tantos “gatos feios” que a vida lhes coloca diante dos seus olhos todos os dias e vocês se negam a enxergá-los...Muitas pessoas querem ser influentes, querem acumular dinheiro, querem ser bem- sucedidas, queridas, simpáticas ou belas..Quanto à mim, eu sempre tentarei ser como o Feio...Passarei minha vida pedindo amor, esperando pelo seu carinho, contando com sua compreensão e pacientemente aguardando o dia de ser devorada pelos “Huskies’... Se tiver sorte, terei alguém que me pegue no colo e me faça um carinho antes do meu último suspiro..Neste mundo cheio de intolerâncias, devemos espalhar mais respeito aos demais seres viventes, sejam eles da mesma raça, mesma religião, mesma etnia que nós ou não, sejam feios ou bonitos aos nossos olhos tão desacostumados a ver, ou nossos ouvidos, que ainda não aprenderam a ouvir a real mensagem de DEUS."
Será que realmente a raça humana necessitará de lições do reino animal para recordar dos reais valores da vida e do que realmente importa para nós????
A história de feio é genuínamente bela, delicada... doce!!!!!!! Um história para marcar qualquer um...:
"Todos no prédio de apartamentos onde eu morava sabiam quem era o Feio.Feio era o gato vira-lata do bairro.Feio adorava três coisas neste mundo: brigas, comer lixo e, digamos, amor.A combinação destas três coisas adicionada à uma vida nas ruas tinham causado danos em Feio.Para começar, ele só tinha um olho, e no lugar onde deveria estar o outro olho, havia um buraco fundo. Ele também havia perdido a orelha do mesmo lado, e seu pé esquerdo parecia ter sido quebrado gravemente no passado, o osso curvara num ângulo estranho, fazendo com que ele sempre parecesse estar virando a esquina. Feio havia perdido a cauda há muito tempo e restava apenas um toco grosso de cauda, que ele sempre girava e torcia.Todos que viam Feio tinham a mesma reação:- “Mas que gato feio!!”As crianças eram alertadas para não tocarem nele.Os adultos atiravam pedras nele, jogavam-lhe água com a mangueira para espantá-lo, enxotavam-no quando ele tentava entrar em suas casas, ou prensavam suas patas na porta quando ele insistia em entrar.Feio sempre tinha a mesma reação.Se você jogasse água nele com a mangueira, ele não saía do lugar, ficava ali sendo ensopado até que você desistisse.Se você atirasse coisas nele, ele enroscava seu corpinho magricela aos seus pés, pedindo perdão.Sempre que via crianças, ele surgia correndo, miando desesperadamente e esfregando a cabeça em todas as mãos, implorando por amor.Quando eu o apanhava no colo, ele imediatamente começava a sugar minha blusa, orelhas, ou o que encontrasse pela frente.Um dia, Feio quis dividir seu amor com os cachorros “huskies” do vizinho.Eles não eram amistosos e Feio foi ferido gravemente.Do meu apartamento, eu ouvi seus gritos e corri para tentar ajudá-lo.Na hora em que cheguei onde ele estava caído, parecia que a triste vida de Feio estava se esvaindo...Feio estava caído em uma poça, suas pernas traseiras e suas costas estavam totalmente disformes, um corte fundo na listra branca de seu pêlo atravessava seu peito.Quando eu o apanhei e tentei levá-lo para casa, ele fungava e engasgava, podia senti-lo lutando para respirar.“Acho que o estou machucando muito”, eu pensei.Então, eu senti a sensação familiar de Feio chupando minha orelha, em meio à tamanha dor, sofrendo e obviamente morrendo,Feio estava tentando sugar minha orelha.Eu o puxei para perto de mim e ele esfregou a cabeça na palma da minha mão,olhou-me com seu único olho dourado e começou a ronronar.Mesmo sentindo tanta dor, aquele gatinho feio, cheio de cicatrizes de suas batalhas, estava pedindo um pouco de carinho, talvez alguma comiseração.Naquele instante, achava que Feio era o gato mais lindo e adorável que eu já tinha visto.Em nenhum momento, ele tentou me arranhar ou morder, nem mesmo tentou fugir de mim, ou rebelou-se de alguma maneira.Feio apenas olhava para mim, confiando completamente que eu aliviaria sua dor.Feio morreu em meus braços antes que eu entrasse em meu apartamento.Eu me sentei e fiquei abraçada com ele por muito tempo, pensando sobre como este gato vira-lata deformado e coberto de cicatrizes havia mudado minha opinião sobre o que significava a genuína pureza de espírito e sobre como amar incondicionalmente.Feio me ensinara mais sobre doação e compaixão do que qualquer ser humano. E eu sempre lhe serei grata por isto.Chegara a hora de eu seguir em frente e aprender a amar verdadeira e incondicionalmente.Chegara a hora de dar meu amor para aqueles que me eram caros, mesmo que meus olhos nunca tivessem visto nenhum deles..As pessoas acham mais fácil e mais prazeroso amar o belo, o perfeito, sem notarem que os feios, os tortos, os mancos, enfim os deformados sejam de corpos, mentes ou almas também podem e merecem ser amados. Se vocês pudessem avaliar ou sentir como é quente e gostoso o abraço de alguém feio e antipático, de alguém deformado e que foge às regras e padrões de beleza...Se vocês se permitissem essa sensação, talvez entenderiam e veriam os tantos “gatos feios” que a vida lhes coloca diante dos seus olhos todos os dias e vocês se negam a enxergá-los...Muitas pessoas querem ser influentes, querem acumular dinheiro, querem ser bem- sucedidas, queridas, simpáticas ou belas..Quanto à mim, eu sempre tentarei ser como o Feio...Passarei minha vida pedindo amor, esperando pelo seu carinho, contando com sua compreensão e pacientemente aguardando o dia de ser devorada pelos “Huskies’... Se tiver sorte, terei alguém que me pegue no colo e me faça um carinho antes do meu último suspiro..Neste mundo cheio de intolerâncias, devemos espalhar mais respeito aos demais seres viventes, sejam eles da mesma raça, mesma religião, mesma etnia que nós ou não, sejam feios ou bonitos aos nossos olhos tão desacostumados a ver, ou nossos ouvidos, que ainda não aprenderam a ouvir a real mensagem de DEUS."
sexta-feira, 16 de maio de 2008
A VINGANÇA DO BERIMBAU
A vingança do berimbau
Miguezim de Princesa
Superado pelo tempo,
Ensinando muito mal,
Fabricando mil diplomas
Para entupir hospital,
O doutor da faculdade
Botou, com toda maldade,
A culpa no berimbau.
Disse o doutor Natalino
Que o baiano é um mocó,
Sem coragem e inteligência,
Preguiçoso de dar dó,
Só liga pra carnaval
E só toca berimbau
Porque tem uma corda só.
O sujeito ignorante
Não conhece o berimbau,
Que atravessou o mundo
Com toda a força ancestral.
Na fronteira da emoção,
Traz da África a percussão
Da diáspora cultural.
Nem Baden Powel resistiu
À percussão milenar,
Uma corda a encantar seis
Na tristeza camará
De Salvador da Bahia.
Quem toca e canta poesia
Na dança sabe lutar.
O doutor, se estudou,
Na certa não aprendeu nada:
Diz que o som do Olodum
Não passa de uma zoada
E a cultura baiana
É uma penca de bananas,
Primitiva e atrasada.
Jimmy Cliffi, Michael Jackson,
Paul Simon e o escambau
Se renderam ao Olodum
Com seu toque genial,
Que nasceu no Pelourinho
E hoje abre caminho
No cenário mundial.
O baiano é primitivo?
Veja só o resultado:
Ruy foi o Águia de Haia;
Castro Alves, verso-alado
De poeta condoreiro,
E gente do mundo inteiro
Se curvou a Jorge Amado.
Bethânea, Caetano e Gil,
Armandinho, Dodô e Osmar,
Gal Costa, Morais Moreira,
Batatinha a encantar
João Gilberto, Bossa Nova
Novos Baianos são prova
Da grandeza do lugar.
Glauber, no Cinema Novo;
Gregório, velha poesia;
Gordurinha, no rojão;
Milton, na Geografia;
Anísio, na Educação;
Dias Gomes, na encenação;
João Ubaldo e Adonias.
Menestrel da cantoria
Temos o mestre Elomar,
Xangai, Wilson Aragão,
Bule-Bule a improvisar,
Roberto Mendes viola
A chula - semba de Angola,
Nosso samba de além-mar.
Se eu fosse citar todos
Que merecem citação,
Faria um livro de nomes
Tão grande é a relação.
Desculpe, Afrânio Peixoto,
Esse doutor é um roto
Procurando promoção!
Com vergonha do que fez:
Insultar toda a Nação,
O tal doutor Natalino
Pediu exoneração
E não encontra ninguém,
Nem um nazista do além,
Para tomar a lição.
O baiano é pirracento,
Mas paga com bem o mal:
Dá uma chance a Natalino
Lá no Mercado Central
De ganhar alguns trocados
Segurando o pau dobrado
Da corda do berimbau.
Miguezim de Princesa
Superado pelo tempo,
Ensinando muito mal,
Fabricando mil diplomas
Para entupir hospital,
O doutor da faculdade
Botou, com toda maldade,
A culpa no berimbau.
Disse o doutor Natalino
Que o baiano é um mocó,
Sem coragem e inteligência,
Preguiçoso de dar dó,
Só liga pra carnaval
E só toca berimbau
Porque tem uma corda só.
O sujeito ignorante
Não conhece o berimbau,
Que atravessou o mundo
Com toda a força ancestral.
Na fronteira da emoção,
Traz da África a percussão
Da diáspora cultural.
Nem Baden Powel resistiu
À percussão milenar,
Uma corda a encantar seis
Na tristeza camará
De Salvador da Bahia.
Quem toca e canta poesia
Na dança sabe lutar.
O doutor, se estudou,
Na certa não aprendeu nada:
Diz que o som do Olodum
Não passa de uma zoada
E a cultura baiana
É uma penca de bananas,
Primitiva e atrasada.
Jimmy Cliffi, Michael Jackson,
Paul Simon e o escambau
Se renderam ao Olodum
Com seu toque genial,
Que nasceu no Pelourinho
E hoje abre caminho
No cenário mundial.
O baiano é primitivo?
Veja só o resultado:
Ruy foi o Águia de Haia;
Castro Alves, verso-alado
De poeta condoreiro,
E gente do mundo inteiro
Se curvou a Jorge Amado.
Bethânea, Caetano e Gil,
Armandinho, Dodô e Osmar,
Gal Costa, Morais Moreira,
Batatinha a encantar
João Gilberto, Bossa Nova
Novos Baianos são prova
Da grandeza do lugar.
Glauber, no Cinema Novo;
Gregório, velha poesia;
Gordurinha, no rojão;
Milton, na Geografia;
Anísio, na Educação;
Dias Gomes, na encenação;
João Ubaldo e Adonias.
Menestrel da cantoria
Temos o mestre Elomar,
Xangai, Wilson Aragão,
Bule-Bule a improvisar,
Roberto Mendes viola
A chula - semba de Angola,
Nosso samba de além-mar.
Se eu fosse citar todos
Que merecem citação,
Faria um livro de nomes
Tão grande é a relação.
Desculpe, Afrânio Peixoto,
Esse doutor é um roto
Procurando promoção!
Com vergonha do que fez:
Insultar toda a Nação,
O tal doutor Natalino
Pediu exoneração
E não encontra ninguém,
Nem um nazista do além,
Para tomar a lição.
O baiano é pirracento,
Mas paga com bem o mal:
Dá uma chance a Natalino
Lá no Mercado Central
De ganhar alguns trocados
Segurando o pau dobrado
Da corda do berimbau.
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